Dia #89 – O sofrimento às vezes é bom

Desde semana passada que estou querendo vir aqui escrever esse post, acabei adiando, adiando, mas acho que agora eu preciso escrever sobre isso.

adiar

Tenho visto pessoas queridas perdendo pessoas queridas, perdendo empregos, perdendo um monte de coisa. Eu mesma, perdi um amigo querido nesse final de semana. Uma morte repentina que deixou todos em choque.

Então aproveitei que o princípe não vai dormir em casa hoje. E pra ocupar a cabeça, vim escrever. Nesse mesmo período, no ano passado, minha cabeça estava com a mesma aflição, porque ele dormia no hospital com a mãe dele. E hoje eu vi essa história se repetir quando ele saiu de casa pra dormir no hospital com a vó dele.

A vó dele é bem velhinha, tá internada e os médicos disseram que provavelmente, ela não vai sair dessa.

E eu me volto ao meu antigo problema de não saber o que dizer a ele nesse momento e me sentir uma completa inútil e péssima namorada.

medo

Só que dessa vez eu tô mais madura, ele também. Estamos mais tranquilos. Bem mais, acho que nem tem comparação.

Falei pra ele beijar e fazer muito carinho nela, aproveitar muito esse tempinho junto com ela.

Mas continuando o assunto, na semana passada fiquei pensando no sofrimento que as pessoas passam, quando não se tem força nem para levantar da cama.

Fiquei pensando que sei como é isso. Olhei pra trás e nem acreditei que conseguimos passar por tudo aquilo, que na época tínhamos a sensação de que nunca teria fim a dor. Dá um alívio tão grande ver que vencemos, que nem sei explicar direito a sensação.

E aí que pensando nisso nesse dia fui pra aula de liderança. Minha professora de liderança é uma velhinha, com tom de voz baixo, movimentos lentos, óculos maior que a cara. Mas, sim! Ela dá aula de LIDERANÇA! Não consegue nem liderar a turma que não para de falar e fala mais alto que ela, mas sim! Ela dá aula de LIDERANÇA!

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A aula dela é no último tempo da noite. Eis que ela apaga a luz e diz que vai passar um filme. Quando eu estava quase dando boa noite e deitando no fichário, resolvi prestar atenção no início do filme e foi a melhor coisa que eu fiz.

O filme era sobre o filósofo Nitzsche. E aos poucos, descobri que penso muito parecido com o que ele defendia.

Ele dizia que para conseguir algo que se queira, é preciso sofrer. Que dificuldades são normais, não devemos entrar em pânico ou desistir, porque não é o fim do mundo absoluto. Sempre há um novo mundo depois do fim do mundo.

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Todos nós nos beneficiamos do fracasso e da dor. Como apreciar o sucesso, se nunca tiver fracassado?

O jardineiro é um super exemplo disso tudo. Ele pega raízes feias e extrai a beleza delas. Faz nascer delas algo bonito. E é o que devemos fazer com nosso sofrimento, nossa dor, nosso fracasso. Devemos extrair algo de bom.

Nem tudo que nos faz sofrer, é ruim. Como nem tudo que nos deixa feliz, é bom.

Felicidade não é fugir dos problemas, é enfrentá-los e tirar algo bom deles. Então não tente fugir, de uma forma ou de outra, dos seus problemas. Não se afogue em um copo de cerveja, porque nela não está sua solução (Beijo SPC e Raça Negra).

E como todo mundo sabe, “Aquilo que não me mata, só me fortalece”. E agora, graças a Deus, eu estou bem mais fortalecida.

Beijos,

Nanda 😉

Para falar comigo sobre qualquer assunto, meu e-mail é fernanda_carvalho@globo.com. Queria dizer que tô muito contente. Estou recebendo e-mails e comentários de várias noivinhas. Algumas que dizem passar pelo mesmo caso que eu, outras que fecharam na mesma casa de festas. Vocês são lindas! Amo os e-mails de vocês e respondo todos.

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Autoestima de hoje: Boa

O que me detonou: Provas, provas, provas

O que fiz de bom por mim: Percebi que não fugi e estou fortalecida

setembro 24, 2013. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Uncategorized. 2 comentários.